Há 40 anos o DEEP PURPLE acrescentava mais um clássico a sua célebre discografia. Apresentando ao mundo os talentos do até então desconhecido do vocalista DAVID COVERDALE e trazendo um reforço de peso chamado GLENN HUGHES, que além de exímio baixista sempre foi um excelente cantor, "BURN" é, como o próprio nome sugere, um disco incendiário.
Acredito que não há exagero algum dizer que os dois novos integrantes revigoraram a banda, que nessa reformulação manteve RICHIE BLACKMORE (guitarra), o saudoso 'maestro' JON LORD (teclados) e IAN PAICE (bateria).
A faixa título que abre o disco é uma das mais espetaculares de toda a história do rock'n'roll e nesses quarenta anos deve ter entortado o pescoço de muita gente com seu marcante riff inicial. Também já dava mostras da preciosa contribuição de Glenn Hughes como vocalista, cantando trechos da música numa dinâmica muito bacana com Coverdale.
A cadenciada "Might just take your life" tenta apagar um pouco o incêndio inicial e aqui quem dá as cartas é Jon Lord. Em "Lay Down, Stay Down" Ian Paice mostra já nos versos iniciais porque é considerado um monstro das baquetas. "Sail Away" é uma parceria entre Coverdale e Blackmore que tem um riff hipnotizante.
"You fool no one" tem uma introdução percussiva bastante interessante e um Blackmore inspirado em cada nota, além do belo dueto Coverdale/Hughes. Em "What's goin' on here", um Blackmore vibrante novamente rouba a cena.
"Mistreated" é um blusão com a cara de David Coverdale, e é na minha opinião, sua melhor interpretação no disco, apresentando muitas características que ele levaria consigo em toda sua carreira.
A faixa instrumental "A 200" fecha o disco dando a obra o seu toque progressivo, no sentido "setentista" do termo.
Se você é daqueles que usa o termo superbanda para se referir a qualquer reunião de músicos famosos em uma banda caça níquel, deveria ouvir atentamente essa obra-prima feita em uma época em que todas as grandes bandas eram superbandas.
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