O futebol no país da Copa anda mesmo impossível. Se não bastasse o Campeonato Brasileiro de 2013 ainda não ter acabado, um novo e bizarro episódio toma conta do noticiário esportivo: a agressão praticada por torcedores organizados a funcionários e atletas do Corinthians.
Essa agressão, ainda que lamentável, contudo, não me parece nem um pouco surpreendente.
O Corinthians ultrapassou todos os limites de cumplicidade no episódio Kevin Espada, quando, juntamente com sua aliada Rede Globo, não poupou esforços para resgatar seus agora infiéis gaviões da prisão boliviana e transformá-los em coitados e injustiçados.
Coincidentemente ou não, depois disso a coisa só desandou para os alvinegros e o time multicampeão virou piada nacional (com direito a selinho e a criação do neologismo "EmpaTITE").
Nem o autor do gol que deu o título mundial ao clube escapou das agressões... |
E se o segundo semestre de 2013 foi sofrível, 2014 começou ainda pior com o time sendo surrado dentro (humilhante derrota por 5x1 para o Santos) e fora de campo (literalmente).
Ironicamente, o clube agora quer encabeçar uma greve, o que atingiria em cheio sua preciosa Rede Globo, que detém os direitos do Paulistão e que pouco impacto teria em seus agressores.
A própria ideia de se cogitar uma greve me parece um delírio. Afinal, isso é caso de polícia e pouco tem a ver com a responsabilidade da Federação. Os clubes paulistas deveriam sim era fazer greve para que se resolvesse justamente o caso da Portuguesa, por exemplo.
No caso do Corinthians o que se observa é a covardia em se romper com a organizada e a tentativa de compartilhar a responsabilidade de sua decisão com os demais clubes.
De qualquer forma, isso tudo é só mais um alerta para que os clubes e as autoridades saiam de sua zona de conforto e atuem com rigor para que esse traço varzeano do nosso futebol, que faz com que um grupo de torcedores aja como se lidassem com o time da sua vila, para algo que possa ser minimamente adequado ao futebol profissional.
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