domingo, 24 de maio de 2020

Desafio dos 10 discos

Fui desafiado pelo meu amigo no Facebook a nomear 10 álbuns que influenciaram meu gosto e educação musical. 

Era pra ser um registro por dia para os próximos 10 dias, mas como eu já falhei miseravelmente nesses desafios, postei tudo de uma vez lá e decide postar aqui também, como vocês podem ver na imagem acima.

Eu acho muito difícil escolher apenas 10 álbuns, então limitei a brincadeira a 10 álbuns nacionais e ainda assim fui lembrando de algumas coisas marcantes e acrescentei alguns bônus, que é pra compensar os outros desafios que eu comecei e não terminei. 

Patrulha do Espaço, Made in Brazil, O Terço e Casa das Máquinas representam uma paixão especial que é o rock nacional setentista, embora o disco da Patrulha escolhido seja dos anos 90.

O Holy Land do Angra é melhor álbum da história do Metal nacional. O show de lançamento desse disco foi o meu primeiro show de heavy metal. Dr Sin é outra banda do coração e o Brutal é o disco que melhor sintetiza as qualidades da banda. Escolhi o Evolution do Viper para ser menos óbvio, mas poderia ser o Theatre of Fate, outra obra-prima. E o Dark Avenger entra na lista por ser outro disco que acompanhei o lançamento e que foi a ponte para eu descobrir muitas bandas de metal nacional.


O Feijoada Acidente?- Brasil, do Ratos de Porão, icônico disco de covers do Punk Nacional, foi especialmente marcante. Foi a primeira vez que entendi o que era "luta de classes" e a partir daí nunca mais enxerguei o mundo do mesmo jeito.

Por fim, quem era adolescente nos anos 90 e não riu litros com o besteirol dos Mamonas Assassinas não viveu a adolescência do jeito certo. Também tive a rara oportunidade de ver a banda ao vivo.

BONUS TRACKS


Não poderia deixar de citar como influências musicais alguns outros artistas, especialmente Humberto Gessinger e Zeca Baleiro (tive a oportunidade de encontrar os dois pessoalmente). Sou fascinado por jogos de palavras, trocadilhos, rimas inusitadas e, apesar dos estilos bem diferentes, a poética desses dois artistas compartilham dessas características.

Dois marcos aleatórios são o disco "A besteira é a base da Sabedoria" do cantor e humorista Falcão e a trilha sonora do Jaspion, tanto em português como em japonês aquilo não saia da minha cabeça quando eu era criança.

Falando em infância, as lembranças mais antigas que eu tenho de ouvir algo próximo ao rock são as canções estilo "jovem-guarda" do Roberto Carlos que minha mãe ouvia em casa na hora do almoço em um velho radinho am. 

Uma última lembrança que me ocorreu agora enquanto escrevia: o disco "Calango" do Skank. Único disco que vi um emplacar TODAS as músicas nas rádios. Nessa época o rádio ainda era muito importante na divulgação de um artista e acabei decorando o disco todo mesmo sem nunca tê-lo adquirido.

Melhor parar por aqui, pois como disse no começo, é impossível escolher apenas 10 discos. 

Um forte abraço e boas audições!

domingo, 17 de maio de 2020

She-ra e as Princesas do Poder chega ao fim na Netflix

Acabei de assistir à quinta e última temporada. Não assisto tantas animações assim para ter outros parâmetros, mas achei simplesmente sensacional o enredo da série como um todo, com várias narrativas criativas. 
O desfecho é extremamente corajoso, com uma mensagem de tolerância e um chute na cara do conservadorismo. Pode ser que eu seja apenas um velho mal informado, mas me parece um marco na animação em termos de comportamento.

sábado, 16 de maio de 2020

DIO recebe homenagem de astros do metal nacional

16 de maio é um dia triste para o mundo do Metal, já que nessa data, em 2010, falecia o inigualável Ronnie James Dio.

Para homenagear o grande mestre uma década depois de sua morte, alguns grandes nomes do metl nacional se reuniram e gravaram uma versão da música "We're Stars" do projeto "Hear n Aid", uma espécie de "We are the World" da música pesada. Confira a homenagem:

#LongLiveDio

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Wander Taffo: Sonhos e Rock 'n' Roll

Wander Taffo foi um influente guitarrista brasileiro que nos deixou precocemente em 2008 com apenas 53 anos (leia mais AQUI).

Tendo colaborado com vários artistas e bandas de renome e fundado o famoso IGT, seu legado é dos mais variados. Porém, este post é para a apreciação de dois discos que talvez sejam os mais representativos de sua carreira: Wander Taffo (1989) e Rosa Branca (1991). São duas pérolas de puro hard rock, lançados no momento em que o gênero ainda dominava as paradas mundiais. Mas não trata-se de mera repetição de clichês ou de uma cópia abrasileirada de grandes nomes do estilo. Há muita personalidade e originalidade.

Em ambos os discos Wander Taffo mostra toda sua técnica e feeling, acompanhado pelos irmãos Busic, na ativa até hoje com nosso amado Dr. Sin. As letras, em Português em sua grande maioria, troca a temática "sexo & drogas" por "sonhos & rock 'n' roll", como diz uma das faixas de "Rosa Branca". São letras otimistas, com um certo romantismo e ingenuidade, que refletem bem o estado de coisas da época em que foram escritas.


Wander Taffo (1989) é o primeiro disco solo do guitarrista e conta como faixas memoráveis como "Meu punhal", pedrada que abre o disco e traz Wander dividindo os vocais com Lobão e o hit "Pra Dizer Adeus" que foi até trilha de novela da Globo. O disco todo é muito bem produzido e arranjado e se encerra com a faixa "Nightchild", única faixa em inglês do disco e que tranquilamente poderia estar em um disco de uma banda como Guns n' Roses ou Skid Row.


Já o álbum "Rosa Branca", gravado pela banda Taffo, é ainda melhor. Hard Rock total com Andria Busic assumindo de vez os vocais e músicas que são verdadeiros hinos do hard nacional: "Olhos de Neon", a citada "Sonhos e Rock 'n' Roll", a balada "Vento Sul" e "Me dê sua mão".


Em 2018 foram realizadas várias ações em homenagem a Wander Taffo, que incluíram show tributo e a disponibilização oficial dos álbuns comentados neste post nas plataformas digitais, além de material inédito compilado no álbum "Nagual".

Sem dúvidas um legado que vale a pena ser explorado ou revisitado por todos aqueles que gostam de rock de boa qualidade.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Raí tem Razão


O craque Raí causou celeuma ao criticar sem meias palavras o atual governo afundado em crises auto-geradas em meio ao uma gigantesca crise de saúde e econômica de proporções mundiais (leia aqui).

Pode-se concordar ou não com o ex-craque e atual diretor são-paulino, mas censurá-lo por emitir sua opinião enquanto figura pública, ainda mais na condição de ídolo de uma grande torcida e irmão de Sócrates, um dos mais pensantes futebolistas que já tivemos, é o fim da picada.

Não a toa, quem publicamente tentou fazê-lo, no caso do comentarista e ex-jogador do próprio São Paulo, acabou se tornando motivo de chacota, como ilustra o meme desta postagem.

Até o corintiano Casagrande deu uma enquadrada no menino Caio ao vivaço no programa "Bem amigos". 

Depois dessa Caio deveria voltar a focar apenas em suas dicas de Cartola e a ouvir Pearl Jam e deixar os assuntos de gente grande para os adultos.