Um time show de bola (crítica)
O futebol é uma paixão que povoa a imaginação de garotos e marmanjos de todas as partes do mundo. Tanto que além das quatro linhas, o esporte recebeu outras adaptações como o futebol de botão e o pebolim (ou "totó", dependendo do seu Estado...).
E é esse último que serve de inspiração para a animação "Um time show de bola" ("Metegol", no original, vejam vocês a diferença), uma produção hispano- argentina dirigida pelo premiado Juan José Campanella.
Na trama, o garoto Amadeo, imbatível no pebolim, impõe uma derrota ao convencido Ezequiel. Anos se passam e Ezequiel se torna um super atleta (que bem poderia ser uma fusão dos egos de Neymar, Ibrahimovic e Cristiano Ronaldo...) cuja única frustração na vida é a derrota sofrida na infância, o que o faz voltar a sua pequena cidade natal e 'comprá-la' (literalmente), além de destruir o bar e a mesa de pebolim de Amadeo e ainda roubar-lhe a namorada.
Sentindo-se impotente, Amadeo chora e suas lágrimas dão vida aos jogadores de pebolim, que ajudarão o garoto a derrotar seu rival e, assim, reestabelecer a ordem.
A narrativa é contada na forma de flashback e possui mensagens sobre amizade e outros valores importantes para o público infantil. O grande diferencial do filme, no entanto, está em ele se distanciar esteticamente das animações Disney-Pixar e afins, apresentando uma linguagem própria.
Outro detalhe que vai encantar os mais maduros, são as referências futebolísticas e a caracterização dos personagens 'jogadores' que são muito carismáticos, em especial o 'malandro' Beto Carioca, Capi, o capitão, e Loco, o 'zagueiro filósofo' .
Um grande filme e uma excelente oportunidade de levar seus filhos ou aquele sobrinho pentelho ao cinema.
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