O jogador Diego Costa acaba de entrar para a história do futebol brasileiro. E o faz justamente por recusar defender a seleção da CBF, às vésperas de uma Copa do Mundo que será jogada no Brasil. Ao invés disso, o jogador do Atlético de Madrid, artilheiro do Campeonato Espanhol e que tem cidadania espanhola, decidiu deixar a porta aberta para defender a seleção da Espanha. Numa decisão tão polêmica quanto corajosa.
O caso de Diego Costa não é o primeiro e nem será o último (Felipão ficou melindrado mas treinou o brasileiro Deco na seleção de Portugal, por exemplo...), mas pelo contexto certamente deverá render inúmeros debates de viés nacionalista. Porém, por mais que tentem colocar o jogador como traidor da pátria, sua decisão apenas reflete a realidade há muito tempo consolidada no futebol, que cada vez mais globalizado, tem nos principais times europeus verdadeiras "seleções do mundo". Daí não me causar espanto algum um jogador optar por jogar em um país em que se sentiu acolhido, que lhe proporcionou sucesso e ainda com a chance de disputar o mundial pela atual campeã.
Lembrando que enquanto isso, a seleção que se diz brasileira atende muito mais a interesses ce empresários e patrocinadores, haja vista as convocações discutíveis de jogadores como Pato, Henrique e Júlio César, o que a deixou muito distante dos torcedores que realmente acompanham futebol. Esse abismo foi camuflado com a vitória na Copa das Confederações, sem esquecer que enquanto uns ovacionavam a seleção da confederação dentro dos estádios, outros protestavam e enfrentavam a polícia do lado de fora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário