sábado, 26 de outubro de 2013

Review: Aerosmith - Monsters of Rock 2013 (Arena Anhembi - 20/10/2013)


Depois de um dia todo de grandes apresentações sob um sol muito intenso, o público presente na Arena Anhembi, e que foi crescendo à medida que se aproximava o último show, não conseguia conter a ansiedade. 

Quando os telões exibiram a imagem do apresentador do programa 'That Metal Show' e mestre de cerimônias do festival Eddie Trunk ao lado dos headliners, em uma entrevista gravada momentos antes do show, gritos eufóricos ecoaram de todos os lados. E quando Joe Perry, Steven Tyler, Brad Whitford, Joey Kramer e David Hull (substituto de última hora do baixista Tom Hamilton, que por problemas de saúde não participou dos shows na América do Sul), finalmente subiram ao palco a catarse foi total, mostrando que ali se encontravam mesmo os donos da noite.
Da primeira à ultima música, o Aerosmith mostrou porque é uma das maiores bandas da história. Tudo absurdamente impecável em termos de som e produção.
Todo esse profissionalismo ofereceu as condições perfeitas para o brilho de Steven Tyler que em uma performance hipnótica transbordou carisma e demonstrou a energia de um menino. Sua voz continua inacreditável e sua presença palco é algo de outro planeta. 
Cada verso, cada vocalização vem acompanhado de um gesto, não sendo absurdo dizer que Tyler canta não só com sua voz, mas com o corpo e com a alma, que fazem dele muito mais que um mero cantor em uma banda de rock. Assim, mesmo músicas sonsas como "Pink" e a (a)morosa "I don't want to miss a thing" ganham uma outra vida quando Steven Tyler as interpreta ao vivo. Joe Perry, também é outro show a parte.
Embora o brilho de Tyler seja suficiente para ofuscar qualquer um, Perry está longe de ser um mero coadjuvante, realizando com extrema competência sua parte e com a presença de um autêntico 'guitar hero' forjado em uma época em que feeling e musicalidade vinham antes de técnica e técnologia.
Sobre o setlist, com tantos hit é impossível agradar a todos, mas ao meu ver a banda conseguiu manter um repertório equilibrado, contemplando diversas fases de sua carreira. 
Destaques para "Back in the Saddle" (que abriu o show), a festiva "Dude (Looks like a lady)", "Eat the Rich" (um dos riffs mais legais da história do hard rock e ainda contou com um trecho de "Whole Lotta Love" do Zeppelin na sequência), a dramática "Living on the Edge" (se as menininhas choravam nas baladas, essa fez marmanjos ficarem igualmente com os olhos marejados).
Merecem destaque também os três clássicos absurdos que fecharam o show: “Walk this way” (encerrando a primeira parte) e “Dream On” e “Sweet Emotion” que foram tocadas no bis.
Como disse Eddie Trunk no início do show, o Aerosmith é uma das maiores banda do planeta. E esse show histórico, foi mais uma demonstração de que a fama é plenamente justificada.
Setlist:
1 – Back In The Saddle
2 – Love in an Elevator
3 – Toys in the Attic
4 – Oh Yeah
5 – Pink
6 – Dude (Looks Like a Lady)
7 – Rag Doll
8 – Cryin’
9 – Last Child
10 – Jaded
11 – Boogie Man
12 – Combination
13 – Eat The Rich (com trecho de “Whole Lotta Love” do Led Zeppelin)
14 – What It Takes
15 – Livin’ on the Edge
16 – I Don’t Want to Miss a Thing
17 – No More No More
18 – Come Together (The Beatles cover)
19 – Walk This Way (com trecho de “Mother Popcorn” do James Brown)
Bis:
20 - Dream on
21 - Sweet emotion

Um comentário:

  1. Uma das minhas sobrinhas estava lá e tbém AMOU o show.
    PARABÉNS por mais um EXCELENTE post!

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