A segunda aventura do herói aracnídeo com Andrew Garfield no papel do escalador de paredes tem tantos altos e baixos quanto o próprio Aranha se arremessando entre os arranha-céus de Manhattan.
Há momentos constrangedores, como Jamie Fox encarnando o típico personagem de comédia dos anos 80, ou seja, cenas de patetismo de um desses filmes de humor da sessão da tarde. Quando não peca pelo pastelão, peca pelo dramalhão, ainda que não chegue ao absurdo protagonizado por Tobey Maguire e o seu Peter Parker emo da trilogia anterior. E é claro que diferentemente do que acontece em outros filmes com heróis da Marvel, o tratamento dado ao Homem-Aranha continua extremamente infantil.
A trama do Electro é demasiado cartunesca e bastante fraca. O surgimento do Duende Verde (Dane DeHaan), que recebe uma nova caracterização fica em segundo plano, mas no fim é ele o responsável pelo ápice dramático (quem conhece o Aranha dos quadrinhos sabe do resultado da equação Gwen Stacy + Duende Verde e é surpreendente que em um filme infantil como esse ele tenha sido mantido).
No entanto, nem tudo está perdido, tirando algum excessos Andrew Garfield dá conta do recado e acerta o tom no sarcasmo do aracnídeo. Visualmente o filme é espetacular e as cenas de ação são de tirar o fôlego.
Fica a esperança de que um terceiro filme faça valer essa nova investida da Sony no Homem-Aranha, já que a coisa mais interessante de todo filme é a forma como se costura a criação do Sexteto Sinistro, inclusive com uma aparição do personagem Rhino no final.
No geral um filme divertido, porém, descartável que deixa a sensação de que o principal herói do universo Marvel ainda não recebeu um filme a sua altura.
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