Felipão recebeu como prêmio por sua "excelente" campanha com Palmeiras a tarefa de conduzir a Seleção Brasileira na Copa da Confederações e, possivelmente, na Copa do Mundo de 2014, tendo a companhia de Parreira.
O currrículo de ambos é indiscutível, afinal quantos treinadores por aí tem na bagagem um título de Copa do Mundo? No entanto, as realizações recentes (ou a falta delas) é que preocupam e geram desconfianças.
Comecemos por Parreira: a seleção comandada por ele jogou um futebol longe de encher os olhos. Aliás, aquela foi a seleção do Romário, em uma era de estrelas não tão midiáticas como as que vieram depois. É claro que o desafio era grande, afinal lá iam-se 24 anos desde a conquista do Tri. O pragmatismo Parreiriano para muitos foi a morte do romantismo no futebol.
Felipão teve um pouco mais de sorte: tinha em seu esquadrão estrelas já mundialmente consagradas e todos os 'Rs' possíveis: Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, todos em grande fase, o que convenhamos facilitaria a vida de qualquer treinador.
E qual a situação da Seleção Brasileira hoje? Uma pressão semelhante a de 1994, pelo fato do torneio ser 'em casa' e sem craques incontestáveis em nível mundial. Ok, temos Neymar e Lucas que jogam muita bola, mas são jovens ainda. Temos Kaká e Ronaldinho Gaúcho que podem ser o contraponto da experiência, mas não sabemos como estarão em 2014. Entre outras interrogações.
Além disso, há sempre que se considerar o nível do adversários. Espanha, Alemanha e Argentina virão fortíssimas, sem contar outros adversários tradicionais e as surpresas de sempre.
O fato é que a corneta sopraria de todos os lados não importa quem fosse o substituto, principalmente quando todos os candidatos são tão parecidos. Mano, Parreira e Felipão seguem as mesmas cartilhas. A aposta nos dois últimos vale apenas pela já citada experiência.
Aguardemos as próximas convocações para ver se algo irá mudar ou se a sensação de "mais do mesmo" irá apenas se confirmar...
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