Quando as primeiras notícias da morte de LEMMY KILMISTER começaram a circular, desconfiamos. Afinal, Lemmy já havia “morrido” diversas vezes ao longo dos últimos meses devido a brincadeiras de mal gosto na web. Apenas após ver que os perfis oficiais de Ozzy Osbourne e o renomado radialista/apresentador Eddie Trunk confirmavam a notícia pudemos crer que o que parecia impossível acontecera. Ian Fraser “Lemmy” Kilmister estava morto.
É claro que a saúde de Lemmy vinha capengando . Esse ano diversos shows foram cancelados em virtude disso, inclusive a apresentação do MOTÖRHEAD no Monsters of Rock em São Paulo. Ali os fãs tiveram o maior aviso de que as coisas realmente não iam bem.
É claro que a saúde de Lemmy vinha capengando . Esse ano diversos shows foram cancelados em virtude disso, inclusive a apresentação do MOTÖRHEAD no Monsters of Rock em São Paulo. Ali os fãs tiveram o maior aviso de que as coisas realmente não iam bem.
Lemmy também se orgulhava de sua vida de excessos. Seu Marlboro e seu whisky ajudaram a moldar o personagem que se tornou.
Como, então, sua morte parece ter pego toda a comunidade rocker de surpresa?
Lemmy Kilmister nunca foi um grande cantor ou um instrumentista virtuoso, se comparado a tantos outros que temos por aí. Mas construiu sua carreira em uma base muito sólida: honestidade! Nunca quis ser o que não podia ser. Mesmo quando nos anos 80 o rock mainstream ficou “bonitinho”, lá estava ele com sua eterna carranca e sua verruga para nos lembrar que o rock não foi criado para agradar. O rock sempre foi (ou ao menos deveria ser) uma anti-estética para que o indivíduo pudesse ser ele mesmo.
Lemmy personificou o rock’n’roll como poucos conseguiram. Com sua autenticidade, conquistou desde o rockeiro mais “farofa” ao thrasher mais “truzão”. Como ícone do rock’n’roll, imagino que talvez só mesmo seu amigo Ozzy possa se comparar a ele. Talvez Angus Young. E só!
Musicalmente, criou um rolo-compressor chamado Motörhead que inspirou e continuará inspirando dezenas de bandas. Já imaginou o heavy metal sem o Metallica? O próprio James Hetfield declarou que sua banda não existiria se não fosse pelo Motörhead. E isso é só um pequeno exemplo de como Lemmy, mesmo fugindo a todos os padrões (ou talvez por isso) mudou e moldou a história do rock.
Sua extensa discografia com o Motörhead é repleta de clássicos. O último capítulo dessa história foi ótimo álbum “Bad Magic”, lançado neste ano. Uma das faixas, a emotiva”Till the end”, parece que foi escrita para esse momento. Nela Lemmy canta o que poderiam ser as suas últimas palavras (“Tudp que eu sei é quem eu sou / Eu nunca os deixarei tristes / O resto lhes dará confiança até o fim”):
No imaginário rock’n’roll, Lemmy Kilmister era uma dessas figuras que poderiam até vencer a morte, como no antológico clipe de “Killed by Death”. E vendo a comoção causada com sua morte, não há dúvidas que ele venceu.
Time de futebol de crianças inspirado no MOTÖRHEAD
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