domingo, 22 de fevereiro de 2015

Corações de Ferro (Crítica)



Incrível como a 2a Guerra Mundial continua sendo uma ótima fonte de inspiração para grandes histórias. É esse o caso de "Corações de Ferro", um filme eletrizante com o elenco encabeçado pelo astro Brad Pitt.
Na trama, um grupo de soldados comandado pelo general Don Collier (Brad Pitt) precisa atravessar a Alemanha em um tanque de guerra batizado de Fury (aliás, esse é o título original do filme). Ainda que a princípio façam parte de um grupo maior, após sucessivas batalhas somente os 5 tripulantes do Fury resistem.

Quando o veículo enfim sofre uma séria avaria, os soldados encurralados precisam heroicamente se defender de um pelotão nazista em um épico desfecho.
Ainda que nenhum filme desse tipo fuja de certos maniqueísmos, a narrativa consegue ser bem equilibrada. O segredo está justamente no enfoque dado à amizade construída pelos soldados do Fury e no desenvolvimento dos personagens em si, com destaque para Norman Ellison (interpretado por Logan Lerman do filme 'Percy Jackson')
Norman é um jovem que jamais havia atirado em alguém e se vê em meio uma guerra sangrenta ao lado de soldados que já tinham visto de tudo. É o personagem que incorpora toda a angústia e espanto dos espectadores frente aos horrores da guerra. 
No final das contas, o tanque de guerra funciona como uma grande metáfora, na qua o coronel Collier é o cérebro, os demais soldados são os membros que executam as ações e Norman é o coração, que faz a audiência questionar o porquê de tudo aquilo.
É claro que nem tudo é drama. Há espetaculares sequências de batalhas com direito a toda sorte de violência hollywoodiana, incluindo decaptações e mutilações das mais diversas, que não irão desapontar quem busca um pouco de "testosterona".
Em meio a tanta afetação nas grandes produções, 'Corações de Ferro' é um filme à moda antiga, que aborda conflitos importantes mas sem cair no sentimentalismo barato e sem deixar a ação de lado. Uma excelente alternativa para fugir desses outros tons que atualmente assolam as salas de cinema...

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O Destino de Júpiter (crítica)

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