"INVOLUTION" é o título do álbum de estreia da banda paulista PRIMATOR, formada por Rodrigo Sinopoli (vocal), Márcio Dassié (guitarra), Diego Lima (guitarra), André dos Anjos (baixo) e Alexandre Birão (bateria).
Contando com 10 faixas, o trabalho trilha o terreno ardiloso do chamado heavy metal tradicional. Ao se optar por uma fórmula tão consagrada, é sempre grande o risco de se cair nas armadilhas de determinados clichês. Porém, o PRIMATOR consegue se sair muito bem pois transpira AUTENTICIDADE, característica fundamental para quem quer se destacar no gênero.
O vocalista Rodrigo tem uma voz potente, que lhe permite variar com desenvoltura entre graves e agudos. A dupla de guitarras apresenta um abrangente arsenal de riffs e solos não prendendo-se a uma única fórmula, e a "cozinha" os acompanha com igual qualidade.
A faixa de abertura leva o nome da banda. Uma faixa forte que ilustra bem as características da banda acima descritas.
A faixa seguinte "Deadland" é a minha favorita, com seu andamento cadenciado e seu refrão marcante. "Flames of Hades" , é muito bem construída, criando um clima "épico" tipicamente metal, em outro grande momento. Já em "Caroline" , o destaque é a performance de Rodrigo e o belíssimo solo.
"Black Tormentor" tem tudo para ser considerada um hino do metal nacional, desses que o ouvinte já pega na primeira ouvida.
"Let me live again" é a balada do álbum. Bastante melódica, com licks belíssimos que mais uma vez mostram a categoria da dupla de guitarristas.
"Face the Death" tem um início a la Judas Priest e o refrão traz um coro bem legal, recurso que a banda poderia explorar mais. É também a faixa que deu origem ao primeiro clipe da banda:
"Erase the Rainbow" é outra faixa fortíssima e um outro grande destaque do álbum. "Praying for Nothing" começa com uma introdução executada apenas pelo baixo para ser invadida por uma rifferama de entortar pescoços.
Fechando o álbum a faixa "Involution" que liricamente é a mais interessante, falando da degradação humana, tema explorado de forma muito inteligente também na arte do álbum.
Um excelente trabalho de estreia que claramente não esgota o talento da banda, e que deixa a nítida sensação de que o melhor ainda está por vir.
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