sábado, 25 de outubro de 2014

Review: Buckcherry: 'Fuck' (2014)

Faz tempo que queria escrever uma resenha do mais recente trabalho do BUCKCHERRY, o EP singelamente intitulado de 'FUCK'. Coincidentemente, somente agora às vésperas do segundo turno das eleições, encontrei inspiração real para tanto.
Duas curiosidades do EP: é o primeiro trabalho da banda pela sua própria gravadora. E talvez seja o primeiro álbum conceitual da história dedicado a palavra 'Fuck' que aparece no título de todas as canções. 

E a faixa de abertura 'Somebody fucked with me' poderia ter sido escrita por qualquer eleitor brasileiro  e traz uma letra raivosa, metralhando 'fucks' para todo mundo, mídia, políticos, sistema, etc., em uma levada pouco usual para o estilo do Buckcherry. Não chega a ser um Rage Against the Machine em termos de protesto, mas o resultado pelo menos é bem mais divertido.
'Say fuck it' é um contraponto bem-vindo. Trata-se de um cover do hit pop eletrônico 'Say love  it' do duo pop eletrônico 'Icona Pop'. A releitura teve a letra levemente 'Buckcherryzada' (incluindo um 'Crazy Bitch' no meio dos versos) e ganhou uns licks maneiros a la AC/DC. Resultado divertidíssimo (Josh Todd só não precisava usar um boné de aba reta no clipe, o que lhe deu ares de tiozão tirando onda de malandro).

'Motherfucker' é a típica faixa rápida do Buckcherry, com várias nuances bacanas em seu desenvolvimento e com aquele jeitão sleaze que faz a alegria de todos.

'I don't give a fuck' pode causar estranhamento a princípio, com o seu 'swing' atípico, mas é uma faixa extraordinária, e mostra a versatilidade da banda. Além de seu refrão ser um verdadeiro mantra que pode ajudar muito a se lidar com algumas opiniões por aí.
"It's a fucking disaster' seria a 'balada' do álbum, mas mais pela introdução e temática bastante melódica em que Todd mostra todo seu carisma, já que no verso a música descamba para uma levada quase punk que termina em um refrão sensacional.

Encerrando o EP, 'Fistfuck', um hardcore desses de sair pulando por aí e que vem coroar a diversidade deste trabalho que só confirma a grande fase do Buckcherry, que na modesta opinião desse blogueiro, é uma das mais relevantes da atualidade. 


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