Tem gente que só reclama do Brasil, dos políticos, das eleições, etc. Mas hoje, domingo, dia das eleições, meu sentimento é outro. Estou feliz.
E estou feliz justamente porque tenho direito de me manifestar através do voto, de dizer o que penso, de concordar ou de discordar de você.
Já tive a oportunidade de conversar com pessoas que vivem em outros continentes, em regimes autoritários, em que as desavenças não se resolvem na urna e sim em tentativas de atentados terroristas. Onde pessoas são assassinadas pela disputa de poder. Pessoas cujo maior sonho seria ter algo que muitos brasileiros desprezam: a liberdade de pensar, de se expressar e de sonhar.
E daí que temos os Tiriricas da vida? É legítimo que eles se candidatem. Vota nele quem quer. Temos os Fidélix que discursam pelos "aparelhos excretores"? É bom que o digam e a sociedade saiba quem é quem.
Em quantos lugares do mundo vocês acham que uma mulher conseguiria dizer o que disse a Luciana Genro no debate da Globo (aliás, em todos os debates) desmascarando inclusive a própria Globo? E por falar nisso, em quantos lugares do mundo teríamos TRÊS mulheres concorrendo ao posto de presidente (ou presidenta, como queiram)?
Temos a corrupção dos partidos de maior representatividade? Lamentavelmente, sim. Mas temos a oportunidade de falar livremente disso, de criticá-los, manifestando nossa insatisfação.
Tenho certeza que nem todos os candidatos em que votarei vencerão. E sei que mesmo os que vencerem dificilmente terão um desempenho 100% satisfatório.
Mesmo assim, ao caminhar para a seção eleitoral, o farei com alegria e sugiro que todos pensem um pouco nisso, já que muitas vezes ficamos cegos por nossos interesses mais imediatos e não conseguimos o distanciamento para compreender o bem mais precioso que nós possuímos.
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