Quando o nome de um escritor se torna um adjetivo e esse adjetivo praticamente designa um novo estilo você tem uma medida da importância histórica de sua obra. É o caso de Franz Kafka, falecido a exatos 130 anos.
Mais do que o escritor que escreveu a história de um sujeito que se transforma em uma barata, uma leitura superficial que se faz da história de Gregor Samsa em “A Metamorfose”, Kafka lapidou um estilo em que o absurdo das relações humanas e suas angústias e a impotência diante de situações que são maiores que nossas forças são visto com a lente do exagero, do fantástico. E nenhuma palavra descreve melhor esse jogo do absurdo que o adjetivo kafkiano.
Kafka que era Checo de nascimento, viveu na Áustria e escreveu sua obra em alemão. Mas poderia muito bem ser brasileiro, afinal poucos países são tão absurdos quanto o Brasil.
Falando do aspecto mais pop dessa imaginária relação entre Kafka e Brasil, nos anos 80 o escritor chegou a receber uma ‘homenagem’ pop rock da banda Inimigos do Rei, banda da qual fez parte o composito Paulinho Moska (os mais ‘experientes’ certamente lembram) em uma canção chamada “Uma barata chamada Kafka”, que brincava com a premissa de “A Metamorfose” e tinha um trocadalho do carilho no refrão. Um verdadeiro clássico dos anos 80, numa época em que o pop sem dúvidas tinha algum conteúdo:
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