O jogo de palavras (O amor é uma/ brasa mora /dentro
do meu coração”, em “O amor viajou”), as referências pop (“O sonho de Lennon
morreu / O meu não”, em “Felicidade pode ser qualquer coisa”), a incorporação
de maneirismos tecnológicos à linguagem cotidiana (“O hype dos ringtones / o
megahit no youtube”, em “Mamãe no Face”), enfim, todos os elementos que lhe são
peculiares encontram-se novamente presentes.
A temática sentimental predomina, hora mais introspectiva,
hora jocosa, refletindo aspectos das relações pessoais em tempos de redes sociais
(“Vou excluir você do meu Facebook“, na faixa “Meu amigo Enock”). Mas há espaço para a
crítica aos valores da sociedade de consumo como em “O Desejo” (“Você é feliz
ma non troppo / Porque nenhum bem lhe basta / E a falta a falta a falta / sua
vida devassa”).
Musicalmente, o mesmo balaio de ritmos de
sempre, desta vez tendo um produtor para cada faixa.
Pode não ser o “Disco do ano”, mas trata-se de
uma obra que merece ser ouvida. Não importa o formato.
Confira o clip de "Calma aí, coração"
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