Só mesmo um gênio como Paul McCartney para transformar a própria vida em um conceito musical.
É o que Paul fez com seu novo álbum “McCartney III”.
McCartney I e II foram feitas em uma espécie de isolamento
voluntário do eterno Beatle.
O primeiro após a dissolução de sua banda. O segundo na
virada para os anos 80 quando as coisas também não iam lá muito bem.
E agora, diante das circunstâncias da pandemia, Macca aproveitou
o isolamento para gravar todos os instrumentos canções que compõem III. Assim,
nas palavras do próprio Paul, o “Lockdown” virou um “Rockdown”.
O resultado são pequenas crônicas intimistas como boa parte
do que Paul já produziu até aqui, com seu habitual ecletismo musical.
Os melhores momentos ficam por conta de Long Tailed Winter
Bird, a pop Find My Way, Slidin’ com seu riff maneiro, a reflexiva Seize the
day e a balada The Kiss of Venus.
As críticas por aí foram mistas. Mas é uma questão de tempo para que o disco seja compreendido como um clássico de uma inusitada e genial trilogia.
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