sexta-feira, 8 de maio de 2020

Wander Taffo: Sonhos e Rock 'n' Roll

Wander Taffo foi um influente guitarrista brasileiro que nos deixou precocemente em 2008 com apenas 53 anos (leia mais AQUI).

Tendo colaborado com vários artistas e bandas de renome e fundado o famoso IGT, seu legado é dos mais variados. Porém, este post é para a apreciação de dois discos que talvez sejam os mais representativos de sua carreira: Wander Taffo (1989) e Rosa Branca (1991). São duas pérolas de puro hard rock, lançados no momento em que o gênero ainda dominava as paradas mundiais. Mas não trata-se de mera repetição de clichês ou de uma cópia abrasileirada de grandes nomes do estilo. Há muita personalidade e originalidade.

Em ambos os discos Wander Taffo mostra toda sua técnica e feeling, acompanhado pelos irmãos Busic, na ativa até hoje com nosso amado Dr. Sin. As letras, em Português em sua grande maioria, troca a temática "sexo & drogas" por "sonhos & rock 'n' roll", como diz uma das faixas de "Rosa Branca". São letras otimistas, com um certo romantismo e ingenuidade, que refletem bem o estado de coisas da época em que foram escritas.


Wander Taffo (1989) é o primeiro disco solo do guitarrista e conta como faixas memoráveis como "Meu punhal", pedrada que abre o disco e traz Wander dividindo os vocais com Lobão e o hit "Pra Dizer Adeus" que foi até trilha de novela da Globo. O disco todo é muito bem produzido e arranjado e se encerra com a faixa "Nightchild", única faixa em inglês do disco e que tranquilamente poderia estar em um disco de uma banda como Guns n' Roses ou Skid Row.


Já o álbum "Rosa Branca", gravado pela banda Taffo, é ainda melhor. Hard Rock total com Andria Busic assumindo de vez os vocais e músicas que são verdadeiros hinos do hard nacional: "Olhos de Neon", a citada "Sonhos e Rock 'n' Roll", a balada "Vento Sul" e "Me dê sua mão".


Em 2018 foram realizadas várias ações em homenagem a Wander Taffo, que incluíram show tributo e a disponibilização oficial dos álbuns comentados neste post nas plataformas digitais, além de material inédito compilado no álbum "Nagual".

Sem dúvidas um legado que vale a pena ser explorado ou revisitado por todos aqueles que gostam de rock de boa qualidade.

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