O primeiro tempo do Atlético de Madrid na grande final da Uefa Champions League foi decepcionante. O time foi surpreendido pela intensidade do Real Madrid que o fez provar de seu próprio veneno: marcação forte no campo adversário e bom uso da bola parada, que levou os merengues a abrirem o placar com o impedido Sérgio Ramos de cabeça aos 15". De qualquer forma, o resultado de 1x0 prevaleceu de forma justa na primeira etapa.
Na segunda etapa esperava-se mais do Atleti. E tivemos muito mais. A situação inverteu-se e os colchoneros engoliram os rivais. Griezmann teve a chance de empatar ao cobrar pênalti sofrido por Torres. Cobrança de segurança, chute firme no meio do gol como manda o protocolo. Foi aí que a trave apareceu pela primeira vez, com a bola explodindo no poste superior.
O Atlético sentiu o golpe mas não se entregou. Foi quando apareceram os dois grandes nomes do jogo: Carrasco pela esquerda e Juanfran pela direita infernizaram a defesa do Real. Pressão absurda que, no entanto, deixou espaço para o contra-ataque adversário. Benzema teve a chance de matar de vez o jogo, mas carimbou o goleiro Oblak em lance cara a cara. Na sequência do lance, outro contra-ataque fulminante e gol de empate de Carrasco.
O Atlético de Madrid, enfim, jogava como campeão e parecia que a virada era inevitável. Mas ela não veio. Na prorrogação o mesmo enredo. Pênaltis. Drama.
Quatro cobranças impecáveis. Na quinta, lá estava ela de novo. A trave esquerda deve ter sussurrado "hoje não" para Juanfran, que fez ótima partida e acabou literalmente e injustamente penalizado. A bola do jogo ficou com Cristiano Ronaldo, que não jogou absolutamente nada nos 120 minutos em que a bola rolou, mas estava lá, para converter a cobrança derradeira e correr para a glória.
O Atlético de Madrid matou gigantes e caiu como gigante. Alguns times foram feitos para jogar futebol, outros para ganhar títulos. E nesse yin-yang madrilenho sabemos muito bem quem é quem.
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