O Atlético de Madrid conseguiu nessa Champions League o que seria inimaginável há alguns anos: desbancou as duas maiores potências do futebol mundial em seguida, chegando novamente a uma final do maior campeonato do planeta.
No entanto, mais do que o sucesso de um clube, as vitórias do Atlético de Madrid consagram um estilo de jogo que há muito vinha sendo desprezado pela mídia especializada: o jogo defensivo estratégico.
Menos vistoso para muitos, mas inegavelmente eficiente, a opção tática de Simeone faz do Atlético de Madrid um verdadeiro "anti-Barcelona", a antítese do enfadonho "tiki-taka" do qual Guardiola é representante e que fez a tese da valorização excessiva de posse de bola prevalecer na última década.
Obviamente, não se trata de uma retranca pura e simples. Há diversos méritos facilmente observáveis, em especial a disciplina tática, que inclui o empenho coletivo na recomposição rápida que faz com que os colchoneros raramente sejam surpreendidos.
O resultado é uma defesa quase intransponível, que antes do jogo contra o Bayern chegou a absurdos 63% de jogos sem sofrer gols (leia mais AQUI).
Ao tentarem perseguir o modelo de jogo do Barcelona, os grandes europeus tem investido em jogadores de muito nome e sem resultados satisfatórios. O PSG, sempre um figurante de luxo na UCL, e os clubes ingleses que tiveram que engolir o modesto Leicester City como campeão da Premier League, talvez sejam os maiores exemplos de como a perseguição pelo "jogo bonito" pode ser uma perigosa armadilha.
Ao se distanciar desses conceitos "modernos", o Atleti mostra que no final das contas, um time pode ser eficiente sem craques badalados e sem querer inventar a roda. É assim que o " CHOLISMO", como parte da imprensa apelidou o estilo de jogo do time de El Cholo Simeone, tem feito a alegria daqueles que entendem que a beleza no futebol se manifesta de muitas formas, mas nenhuma supera em emoção a entrega e o jogo de contato que estão na gênese do esporte.
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