O disco do ano. Simples assim. A impressionante musicalidade
do quinteto obviamente não é segredo para ninguém, mas fazia muito tempo que eu
não me impressionava com um lançamento do Deep Purple.
Se nunca faltou qualidade nos lançamentos recentes da banda,
talvez faltasse aquele sopro de inspiração em algumas canções, afinal estamos
falando de uma das maiores bandas da história.
Whoosh! Resolve brilhantemente esse problema. O disco
transborda inspiração, seja nas performances individuais nos músicos ou na
naturalidade e carisma das interpretações de Ian Gillan.
Steve Morse dá as cartas na envolvente faixa de abertura
Throw my Bones, mas é impressionante como se ouve claramente cada instrumento e
tudo devidamente encaixado.
Outros momentos memoráveis são o groove viciante de Drop
your weapon que descamba pra uma jam empolgante; a introdução vibrante de We’re
all the same in the dark; Nothing at all com um brilhante interpretação de
Gillan; a magnífica The long way around, com um belíssimo solo de teclado e a
regravação de And the address, instrumental dos primórdios do Purple.