Aproveitei o Carnaval para por a leitura em dia. E me pareceu bem apropriada para a ocasião a leitura da autobiografia do guitarrista, vocalista e líder do KISS, Paul Stanley.
Líder, pois na perspectiva que ele coloca, foi sua obstinação com a banda que a impediu de afundar de vez nos piores momentos de sua longa trajetória e a levou ao topo por diversas vezes.
Olhando sua trajetória com um filtro histórico, é realmente impressionante que um jovem de origem judia sem uma orelha tenha se tornado um ícone do rock'n'roll.
Muito do que Stanley tenta transmitir relaciona-se com sua dificuldade de auto-aceitação devido a uma deformidade em sua orelha que prejudicou sua audição e sua auto-estima. Há insights sobre o gerenciamento da carreira do KISS, comentários que contextualizam a discografia da banda, relatos e mais relatos sobre como era ser um rockstar e ter todas as mulheres do mundo a sua disposição.
Há também duras críticas a seus ex-companheiros de banda que, segundo ele, por diversas vezes não tiveram o profissionalismo necessário para uma banda do porte do KISS.
Nessa jornada de rock'n'roll e autoconhecimento Stanley se encontrou quando resolveu investir em sua família.
Contrariando a própria imagem que cultivou, Stanley se tornou um "pai de família" dedicado e dessa forma superou seus traumas e a solidão.
Não é o livro que vai mudar nada na história do rock, mas é uma agradável leitura e um ótimo documento sobre uma das mais influentes bandas do rock, gostem os críticos ou não.
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