Possivelmente, nunca na história do futebol mundial um riff foi tão popular como o de 'Seven Nation Army', da extinta banda The White Stripes. De uma simplicidade absurda, e talvez por isso mesmo genial, a música se tornou uma espécie de "Gangnam Style" do futebol em termos de popularidade.
Se por um lado isso é sensacional pois mostra a força do rock'n'roll como uma forma de expressão que desconhece fronteiras, há que se levar em conta que originalidade nem sempre foi o forte nas arquibancadas. A música hoje cantada pela torcida do 'time x' no dia seguinte aparece adaptada pelo 'time y' sem pudor algum.
A seguir, apresento alguns exemplos de como a canção ganhou os estádios, da mente de Jack White para a Bélgica até chegar no Brasil.
1. A música
Composta por Jack White e lançada como single em 2003, a música integra "Elephant", o quarto álbum do White Stripes, chegando a ganhar um Grammy como 'melhor música rock'.2. Primeira 'aparição' no futebol
Embora difícil de precisar, diversas fontes indicam que os primeiros a incorporarem a música à arquibancada foram os torcedores da equipe belga Club Brugge que a teriam cantado em duelos contra clubes Italianos em jogos da Champions League, que por sua vez se apropriaram e disseminaram ideia.
Neste vídeo, podemos conferir a torcida do Club Brugge cantando o 'refrão' da música:
3. Da Itália para o mundo
E foram os Italianos que na Copa do Mundo da Alemanha de 2006 se incubiram de fazer com que 'Seven Nation Army', assim como a Azzurra dentro de campo, ganhasse de vez o mundo do Futebol:
E a música acabou se tornando o hino oficial do tetra Italiano, como mostra o vídeo a seguir:
4. Popularização
A partir daí, foi difícil assistir a um jogo de seleções europeias ou clubes sem ouvir o Riff de "Seven Nation Army", seja cantado em seu "po po po po po po" ou com letras alusivas a jogadores como nos vídeos a seguir:
Torcida inglesa solta voz:
Torcida sueca entra na onda:
Torcida do Arsenal cantando sua versão em homenagem ao atacante espanhol Santi Cazorla:
Torcida do Manchester United em sua versão em homenagem a Robbie Van Persie:
E até os torcedores do 'glorioso' Adelaide United da Austrália adotaram a canção:
5. Versão Brasileira
E é claro que o 'oh oh oh oh oh' ganhou sua versão em português, que por aqui assumiu um tom mais provocativo.
Primeiro com a torcida do S.C. Internacional que a usa para provocar o seu rival 'imortal', cantando "Muito mais que um vício / Muito mais que amor / Não é o puto do Grêmio / É o rolo compressor":
E mais recentemente com a torcida do São Paulo F.C., que transformou "Seven Nations Army" em "Sou, sou Tricolor".
A letra faz um clara provocação ao rival Corinthians: "Sou, sou Tricolor / Tenho Libertadores / Não alugo estádio / Sou Hexa Brasileiro / Nunca fui rebaixado".
O marketing do Tricolor Paulista inclusive usou a música no vídeo "El Campeón Volvió" alusivo a conquista da Copa Sul-Americana - 2012:
Como pudemos ver, mais que um hino para um 'exército de sete nações", como sugere o título da música, o que temos é um hino de inúmeras nações, cores e nacionalidades, entoado nessas duas línguas verdadeiramente universais: o Futebol & o Rock'n'Roll.
How 'Seven Nation Army' Became A Football Anthem
How The Song “Seven Nation Army” Conquered The Sports World
Wikipedia: Seven Nation Army
A do Van Persie é a melhor, showwwww.
ResponderExcluirRealmente, ficou legal mesmo! =)
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