7 de setembro, dia da independência do Brasil. Um jogo de futebol, esporte mais popular do país, poderia ser uma grande oportunidade para demonstrarmos algum nacionalismo, ainda mais às vésperas da Copa do Mundo a ser realizada aqui.
Mas ao invés disso, exceto pelo frenesi causado por astros como Neymar e Lucas, o que vemos é uma indiferença cada vez maior pelo selecionado da CBF.
E essa parece ser uma tendência irreversível: a Seleção Brasileira pode significar alguma coisa para aqueles que acompanham futebol esporadicamente e se deixam levar pelo seu caráter midiático, enquanto o torcedor que realmente acompanha futebol, vê nela apenas um inoportuno apanhado de jogadores para representar uma Confederação, que apesar de "organizar" os torneios de futebol no país, age mais em interesse próprio do que de seus confederados.
Somam-se a isso denúncias de favorecimento a atletas de determinados empresários e os gastos absurdos para que se realize uma Copa do Mundo da Fifa por aqui.
ROMÁRIO x MANO: desafetos |
O mais recente ingrediente nessa receita de descrédito foram as recentes declarações de Romário. Depois de "destruir" publicamente Mano Menezes logo após a derrota de seus guris nas Olimpíadas de Londres, Romário fez graves acusações contra a atuação de Mano nos bastidores.
Para Romário, o fato de Hulk ter sido envolvido em uma transação milionária é só mais uma demonstração de como a CBF usa sua equipe como vitrine para a valorização de atletas.
Hulk: negociação de 55 milhões de Euros |
Embora esse seja o sentimento geral, falta ao "baixinho" apresentar provas. Enquanto isso, a CBF sequer se defende das acusações, não sabemos se apenas para evitar maiores polêmicas ou se seria este o clássico sinal de consentimento.
No final das contas, só resta a triste constatação de que o amor que nós torcedores temos pelo futebol esteja fadado a jamais se reunir ao amor que nós temos pelo nosso país...
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Nunca imaginei em minha vida que sentiria nojo e uma seleção brasileira. É isso mesmo: nojo.
ResponderExcluirEla não representa seu povo minimamente. Tem um técnico que comenta muito sobre venda de jogadores e que não tem a mínima condição de articular esquemas de jogo ou deixar pelo menos que os jogadores trilhardários façam o que sabem (ou o que achamos que sabem).
A coisa tem sim a cara de um grande negócio. Sobretudo que os principados do capital estão ao derredor da copa que nos pesa no bolso e na expectativa. A corrupção rola solta com os remanescentes da Máfia Russa de 2005 na condução da CBF. Uma vergonha absoluta e sem precedentes. O Romário pode falar o que quiser sobre isso: carregou nas costas a seleção de 94, com técnico bunda-mole e time mediano.
A última vez que torci para o Brasil "de verdade" foi em 1994, ano de tetra. Não sei se por patriotismo ou ingenuidade, já que era moleque e não via as coisas como vejo hj.
ExcluirRomário foi o herói daquela vez. Espero que ele volte a ser protagonista novamente, dando voz a inúmeros "ex-torcedores" da Seleção, embora ache pouco provável que algo mude de verdade...