Esses dias estive pensando na omissão dos nossos atletas, em especial os do futebol, diante da calamitosa situação política em que vivemos.
Em meio a tantos golpes e contra-golpes contra os direitos dos trabalhadores nenhum atleta de peso, nem mesmo aqueles do "Bom Senso" ousaram se manifestar.
Por isso achei surpreendente que os únicos a romper o silêncio dos boleiros tenham sido Felipe Melo e Jadson.
Surpreendente porque a indignação de ambos veio acompanhada de uma manifestação pública de apoio a uma hipotética candidatura de Jair Bolsonaro para presidência do país.
Seria um contrasenso se censurássemos os dois atletas por omitirem suas opiniões. Mas é preocupante que dois líderes em suas equipes e ídolos de suas torcidas demonstrem simpatia por alguém que apregoa valores retrógrados e que por diversas vezes extrapolou os limites do decoro ao exaltar torturadores e desrespeitar minorias.
Se há algo de positivo nisso é que algumas vozes se levantaram contrárias.
Uma delas foi a de Casagrande. Parceiro de Sócrates na "Democracia Corinthiana", Casão escreveu um belo artigo rebatendo Jadson e Felipe Melo (leia CLICANDO AQUI).
Uma página dedicada a manter vivos os ideais da Democracia Corinthiana também se colocou contra as declarações do camisa 10 alvinegro, como podemos ler abaixo (outras páginas futebolísticas politizadas seguiram a mesma linha):
Em meio ao Caos político é primordial que discussões como essas ocorram para que as próximas eleições não signifiquem retrocessos ainda maiores.
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