Quando Rogério Ceni foi anunciado como técnico do São Paulo, previmos algumas dificuldades que poderiam precocemente encerrar este novo desafio, sendo a principal delas o imediatismo da torcida.
De forma até surpreendente, no entanto, Ceni teve resultados iniciais muito bons.
Ganhou a simbólica Flórida Cup diante de seu maior rival. Teve um tropeço vexatório diante do minúsculo Audax na estreia do Paulistão. Mas se recuperou de forma categórica diante da Ponte Preta e quebrou um tabu ridículo contra o Santos.
Especialmente contra o Santos, Ceni teve grande importância no resultado, com um segundo tempo exemplar de sua equipe. Aula de contra-ataque, passe em profundidade, futebol ofensivo, precisão cirúrgica nas alterações. E, sobretudo, um São Paulo exalando confiança como há muito não se via.
Aquela equipe que se assustava facilmente e que se apequenava nos grandes jogos e que tanto aborrecia o São-Paulino parece que ficou para trás.
Parece pouca coisa, mas não é. Ainda é cedo para dizer se Ceni é mesmo um estrategista ou apenas um bom motivador. Mas essas vitórias foram fundamentais para superar as desconfianças iniciais e pavimentar o caminho para continuidade do seu trabalho, para que ao menos chegue ao Brasileirão.
No volátil mercado do futebol, um treinador permanecer uma temporada inteira em um clube não é tarefa simples.
Para Ceni treinador, isso terá o peso de um título. Para os tricolores, a certeza de um grande ano, afinal, nenhum técnico se mantém sem bons resultados. Os primeiros passos foram dados. E o futuro parece bastante promissor.
Rogério Ceni recusou o Olimpo
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